Memórias de um velho banco de madeira – 1º Capítulo – Lágrimas e pérolas caídas

                           Memórias de um velho banco de madeira.

                          Primeiro Capítulo – Lágrimas e pérolas caídas.

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Nem tudo que vi e ouvi está contaminado por maldades e crueldades. Há muita beleza no seio da espécie humana. Há ainda muito o que se comemorar.
Conheci a Madeleine e o Jonathan. Ah! Madeleine! Quanta saudade! Que falta você faz!
Estes dois formavam um casal perfeito. Ela cheia de vigor pela vida. Inebriada pelo amor. Apaixonada! Transbordava de amor! Que sorriso e que perfume o dela! Ele cheio de planos para o futuro. Um lar e uma família era a sua meta principal. Um belo exemplo de seres humanos. Faz muita falta nos dias de hoje um romance cheio de beleza e pureza.
Ele trabalhava como um designer de grandes jardins e costumava viajar sempre para fora do país.
Ela uma decoradora de interiores muito conceituada e valorizada pelo seu talento e seus belos trabalhos.

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Ambos mantinham uma rotina em fins de semana voltada a trabalhos sociais e beneficentes. Costumavam andar sempre por este parque e, esta era a trilha de caminhada favorita deles. Como sempre, sentavam neste velho banco de madeira e eu ia atualizando os meus conhecimentos sobre ambos.
Ah! Madeleine! Que saudade você deixou! Andavam sempre de mãos dadas e os seus olhos brilhavam de felicidades. Suas mãos, sempre, sempre unidas e seus corações, um só bater. Nesta trilha, ao andar, o vento afagava os seus cabelos longos enquanto arrancava, silenciosamente, as folhas soltas das árvores aqui do parque. Era um outono luminoso. Um belo romance dourado no ar.

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Tudo ficava mais festivo e alegre com a passagem deles por aqui. Notava-se uma espécie de reverência por parte das flores que ainda resistiam à estação ventosa e inquieta. Flores e folhas caíam aos montes na presença deles aqui. Um frescor se irradiava pelo assento e o encosto deste velho banco. O perfume finíssimo dela se espalhava por este canto do parque inundando tudo. Eu me sentia bem com eles perto de mim. Seus corações e mentes navegavam por mares serenos e, eram seres humanos responsáveis e doces. Faziam parte de um pequeno grupo especial, daqueles que não se encontram facilmente. Não pareciam serem criaturas deste planeta caótico. Tinham um gosto refinado por literatura e poesias. Não lhes faltavam inspirações o tempo todo.

Tenho um registro deles em outro lugar muito lindo onde costumavam parar em uma ponte tablada sobre um lago azul celeste. Lá, faziam flutuar seus sonhos elevados e saudáveis para além da outra margem, numa oferenda à Lakshmi, a deusa indiana protetora dos noivos.
Não havia limites para os sonhos. Tudo era belo demais.

Havia, entretanto, lá no fundo deste lugar místico, um nevoeiro que parecia esconder alguma coisa.
E, realmente escondia. O tempo foi passando e este velho banco, como sempre, acumulando outras e outras memórias de  novos e velhos conhecidos frequentadores deste parque. Bastava sentar no banco e, lá vinha mais memórias acrescentadas as já existentes ou novas, iniciando um novo arquivo. Passaram-se semanas sem que meus adoráveis amigos, a Madeleine e o Jonathan aparecessem por aqui. O que teria acontecido? Eu não poderia imaginar.
Os meus registros abarrotados de memórias inquietantes e amargas sentiam uma profunda falta daqueles dois.
Um certo dia, à tarde, sem que eu esperasse, Madeleine passou por aqui correndo me deixando surpreso. Parecia uma louca desvairada. Parou logo adiante, desnorteada. Depois voltou aqui e se sentou aos prantos. Compreendi de imediato o drama. Seu sonho terminara. Seu amado havia sido vítima de um trágico acidente aéreo sem sobreviventes. Fiquei paralisado e em choque. Choramos juntos por muito tempo. Fiquei com o coração partido e despedaçado por ela.
Não havia consolo para ela e, nem para mim. Queria ampará-la em meus braços. Consolá-la daquela dor profunda. Mas não podia. Queria externar o meu sentimento de pesar. Meu carinho de amigo fiel. Minha terna admiração por ela. Mas não podia. Não havia como me manifestar. Fui criado apenas para ver, sentir e ouvir, nada mais. Choramos muito por horas e horas inconsoláveis. Tudo ficou triste. Sombrio e amargo. Era o final do outono. Não havia mais flores e folhas, nem ventos a soprá-las. Até o céu sempre azul, naquele dia estava cinza em pesar. Eu sabia que o ser humano está sujeito a acontecimentos dessa natureza. Mas naquele instante eu percebi de forma clara, o quanto é difícil, tumultuada e cheia de obstáculos a vida humana. Esperam-se sempre vitórias. Mas saboreiam-se sempre derrotas. Este é o gosto amargo que ninguém quer prová-lo. Ela se levantou do banco, pálida e, cambaleando foi se afastando de mim. Desapareceu. Fiquei em frangalhos e, aos prantos, assisti aquele desfecho sombrio. Aquele adeus inundado de lágrimas.
Ela tornou-se radha do Jonathan e eu nunca mais a vi. Mesmo com a lembrança de outros anjos que por aqui passaram, conduzindo-me por paragens coloridas e atapetadas, eu não conseguia me repor. Estava com o coração apertado. Despedaçado quase por inteiro. Mergulhei fundo em uma tristeza sem fim.
Há! Madeleine! Adorável Madeleine! Como faz falta aquele sorriso teu! Aquele perfume teu! Aquele andar teu! A tua presença, aqui, me alegrava sempre. Sempre.

Pi-Nath

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Pi-Nath

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