Variedades

 

                                                       O Casamento

Todos nós já vimos e ouvimos falar de inúmeros casamentos, muitos deles onde o luxo foi ostentado de forma exuberante e tantos outros não menos ostensivos. Já vimos casamentos realizados sob pompas religiosos em igrejas seculares e em capelas com destaques cênicos espetaculares. Vimos casamentos nas alturas, outros no fundo do mar e tantos em lugares exóticos. Não ficam de fora os incontáveis outros menos suntuosos. Em todos estes, bênçãos venturosas foram semeadas e votos de “felizes para sempre” ecoaram sob os aplausos de todos. Já vimos de tudo envolvendo estes seculares cerimoniais, entretanto há um tipo de casamento sem alarde, com aplausos abafados longe da visão do simples mortal. Casamento do tipo “P e D” sem a quebra das promessas dos mortais feitas na presença de tantos.

Ah! Deve ser linda a performance de “A”!  Deve ser o “A” de Alice! O “A” de Amanda!  Com o “A” de Abel! O “A” de André. Ah, que belo casal.

E os padrinhos? Ah! Os padrinhos! Não podem ficar de fora deste elenco adjetivado com esmero.

O “C”: Sim! O “C” de Caio! O “E” de Emanuel!

Nossa! Começa tudo com o “A” de admirável! O “C” de celestial! O “E” de esplêndido!

Venturoso! Venturoso! Venturoso!

Mas… De que casamento é este que estamos falando ???

É um casamento mais comum do que imaginamos.

É o casamento de “A” de “apego” com o ilustre “A” de “ambição”. Os padrinhos? Bem, os padrinhos são o “P” de “pernicioso” e o “D” de “danoso”!

Isto é uma herança corrosiva e maldita que a humanidade carrega desde que se iniciou aqui neste planeta.

Esta é a junção do que tem atormentado toda a humanidade. Com certeza não faz parte das oferendas que recebemos dos Altos para a grandeza do ser humano.

O casamento indissolúvel do “apego com a ambição”  pelo poder, pela dominação dos mais fracos, apadrinhado pela “cobiça” e o “egoísmo” trouxeram, juntos, um sofrimento terrível para toda a humanidade.

Este maldito casamento é o responsável pelos conflitos armados que ceifaram a vida de 2/3 da humanidade, nos números atuais, num total de 60.000 guerras. Sintamos em nossos corações, o horror das atrocidades que vemos nos dias de hoje.

Na política… Ah! Na política vemos os recursos para socorrer e atenuar o sofrimento dos mais simples, serem usurpados, a luz do dia, por uma minoria adjetivada e substantivada do “apego e da ambição”, amparados em poderes cheios de “cobiça e egoísmo”.

O curso de nossas vidas é traçado nos bastidores do infortúnio, longe dos nossos olhos e da nossa percepção. Vamos Orar e pedir a Deus para que faça surgir no meio da nossa espécie, homens que alterem o curso de nossas vidas e que reduzam ao mínimo possível, o poder deste “casamento pernicioso”.