Blog Sapphire

Histórias de vida

Uma tarde no parque

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Cumpri, novamente, neste fim de semana, o meu ritual semanal de ir ao parque aqui perto de minha residência. Era uma tarde luminosa com poucas nuvens brancas no céu azul. Notei a ausência de pássaros cantando no parque com exceção de alguns bem-te-vis que quebravam a harmonia silenciosa da tarde com seus cantos estridentes. Desta vez diziam uns aos outros: Chegou a criatura! O que será que vai acontecer desta vez? Não sei, respondeu um dos bem-te-vis. Não sei!  Depois outro e outro. Não sei!  Não sei! Não sei!  Fez-se um silêncio à medida que eu ia entrando no parque. Senti uma fragrância agradável de flores silvestres espalhada pelo ar envolvendo todo o lugar. Certamente, acho que só eu senti aquela inigualável essência. Será que estarei em paz esta tarde? Perguntei um pouco apreensivo. Não! Sei que não! Completei mentalmente.
Sentei-me no banco de madeira que já está um pouco desgastado pela ação do tempo e chamuscado por um incêndio rasteiro  ocorrido dias atrás, mas ainda é o meu favorito. Estava absorto em um pensamento científico que tem circulado recentemente na web sobre a consciência das plantas. Senti ausência de inspirações que é uma das minhas características neste horário. Fechei por um instante, o livro que estava lendo e olhei para cima, para a copa das acácias. Assustei-me, pois não havia flores nenhuma nas árvores. Exclamei! Ué! Ué! O que aconteceu? Perguntei!  Olhei então para o chão e lá estavam as flores de acácias forrando de branco todo o gramado seco entristecido. Oh!  Que pena! Caíram todas nos últimos dias. É natural, pois é outono. Que pena! Que pena!
Neste mundo existem os tesouros e o “Tesouro”. Os tesouros geralmente são todos de cunho material e imaterial ( bens e títulos). São numerosos e certamente fugazes. Às vezes passam de mãos para mãos e costumam produzir cobiças e conflitos. É a efervescência legada do mundo e têm sido a desgraça de muitos.
“O Tesouro” é natural de todo o ser humano, pois é uma herança que recebemos da FONTE quando aqui chegamos. Em muitos, ele permanece adormecido. Em outros, ele está semiacordado. Em poucos, ele é ativo, intensamente: É o DNA Emocional revestido de sentimentos bons, de beleza, pureza, grandeza e de nobreza. Isto é uma riqueza extraordinária.
Dizem os Grandes Mestres, que estes sentimentos bons devem ser compartilhados entre as pessoas do bem, a fim de captarem a sua essência, no intuito de promoverem um mundo melhor.

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Ainda estou no parque, sentindo os minutos passarem desenfreados. Não consigo desviar meu olhar lamentoso do chão que está coberto de flores brancas de acácias, todas murchas, como as iniciativas de paz no mundo. Olho para cima e não vejo mais nenhuma flor de acácia na copa das árvores. Esboço um lamento silencioso. Espere!!!  Consegui localizar uma, talvez a última que teima em não cair. Certamente é especial como você (anônima). Prefere passar mais uma noite nas alturas, no deleite dos melhores sonhos do último dia de outono. Decido, então, ficar à espera de sua queda para poder recolhê-la em minhas mãos e guardá-la como lembrança da estação que está terminando. Teço um pensamento nostálgico e navego nele sem brusquidão. A noitinha vem chegando e nada, ela não cai. É uma remanescente esperançosa, cheia de bravura.  Percebo que ela vai navegar na fria noite inteira sob o edredom coberto de estrelas. É especial, sem dúvida. Decido ir embora. Está escurecendo.
Volto para casa. Estou inspirado e lhe escrevo o texto poético a seguir:

Se um dia eu te encontrar

“Se um dia eu te encontrar, mesmo que eu não tenha em minhas mãos, uma flor branca de acácia para te ofertar em tuas mãos, pegarei em uma das tuas mãos e, teus dedos vou folheá-los, lentamente, um a um, para que haja tempo em nossas mentes, de correr, como correm as águas cristalinas de um regato calmo, os nossos pensamentos de puro amor que guardamos em nossas almas solitárias, nossos corações e corpos ardentes e sedentos.
Começarei pelo teu dedo Mindlin:
– Bem me quer. E vou seguindo… Mau me quer.
Depois, bem me quer e, mau me quer.
Vou deixar que tu respondas ao que  corresponde ao  teu quinto dedo.
Depois vou beijar as tuas mãos e os teus dedos, lentamente, um a um.
Vou acariciar o teu rosto, teu cabelo e todo o teu corpo.
Em cada parte onde eu te tocar, palavras de amor, juntos vamos sussurrar.
Deixarei que teus dedos, um a um, lentamente acariciem o meu rosto.
Sentirás que carrego muito calor e verás que tenho uma voz quente, doce e amendoada para dizer-te, entre os teus dedos folheados:
Tu és a minha linda flor branca de acácia”.
“Aquela que ficou bravamente lá no alto da copa da árvore de acácia, a contemplar, na plenitude da madrugada fria, o incessante e eterno brilho silencioso das estrelas”.
Pi-Nath

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