Blog Opal

A importância da meditação.

Porque é dado à meditação um elevado grau de importância para a nossa saúde segundo as tradições do Budismo ? 
A resposta envolve uma investigação aprofundada sobre o tema, não deixando de abordar  uma série  de conceitos tanto no campo físico como no não físico.  
Antes de abraçar com paixão esse assunto,  vou começar com um relato que foi um verdadeiro rompimento de uma ideia que ora persistia, ora não persistia dentro do  campo puro  do físico,  das indagações e do agnocentrismo. 
Uma melhor compreensão deste tema ocorreu quando fui convidado por uns amigos a passar um fim de semana com eles em um sítio próximo a cidade onde moro.
Chegamos ao local combinado ao anoitecer com um céu limpo, onde pudemos presenciar um belíssimo por do sol inundando todo o horizonte de um vermelho-amarelo destacante. Pouco tempo depois nos reunimos em uma sala confortável para um jantar deliciosos que envolvia várias pessoas na cozinha.
Na noite fria e isenta do reflexo das luzes da cidade sob um céu profundamente escuro, assustadoramente repleto de estrelas, o encantamento tomou conta de todos. Todos estavam felizes ali, onde cantarolavam e falavam ao mesmo tempo. Era uma descontração geral. Todos estavam bem, bem mesmo. Apenas eu estava mal, mal mesmo e fazia um esforço enorme para ocultar o meu mal-estar. Era o reflexo das  últimas notícias horríveis da guerra da Ucrânia. Desde que começou a guerra, eu não dormia direito, procurando ajudar mentalmente  todos os que padeciam frente àquela destruição insana. Questionei demasiadamente a existência de Deus e estava profundamente decepcionado com a conduta humana de forma geral. Isto mexeu com o meu emocional a ponto de me fazer chorar sem quase controle durante dias. Bem! Estava eu ali entre os meus amigos naquela noite fria, em silêncio, com todo aquele drama ruim estampado no rosto. O meu esforço em ocultar o mal-estar não foi suficiente, ao ponto de um dos ali presente insistir que eu me aproximasse do grupo e dissesse alguma coisa. Fiz um esforço, mas todos perceberam que eu era a ovelha desgarrada e se aproximaram de mim com sorrisos e brincadeiras. Amenizei-me um pouco o suficiente para parecer normal. De repente um dos presentes chegou com uma pilha de madeiras para fazer um fogueira. Todos participaram, inclusive eu. Passados alguns minutos o fogo brotou entre as toras e todos vibraram, pois iríamos ficar melhor confortados diante do calor das labaredas. Conversávamos todos, tomando vinho e contando histórias e piadas engraçadas. Melhorei um pouco diante daquele cenário de descontração. A noite foi se adentrando e a fogueira se exaurindo. Num certo instante notei que das toras que se queimavam, umas liberavam  fumaça branca como algodão e outras fumaças mais escuras. Ali estava algo que me chamou a atenção e que mais ninguém deu importância. Mais duas horas se passaram naquele fervor até que decidimos todos irmos dormir. Consegui dormir um pouco melhor naquela noite e pela manhã fui o primeiro a me levantar e ir até o lugar da fogueira. Lá estava o que restou da fogueira e as sobras das fumaças que insistiam em serem diferentes: Uma linha de fumaça branca como algodão e um outra de cor mais escura. Subiam separadas mas no alto se misturavam e se dissolviam  completamente na atmosfera. Aquilo pareceu me dizer alguma coisa. Minutos depois todo o grupo que já estava de pé se aproximou do que restava da fogueira na expectativa de encontrar um pouco de calor, pois naquela manhã fazia um frio de rachar a pele. Logo em seguida fomos todos tomar  café e logo estávamos todos confortados em um ambiente fechado diante da manhã fria. Aproveitei e perguntei ao companheiro que trouxe as toras para a fogueira se ele conhecia a madeira que foi usada para a fogueira. Ele respondeu que sim e que eram de dois tipos de madeiras:  Toras velhas de angelim-vermelho (fumaça branca – perfumada) e toras velhas de teixo  e loureiro ( fumaça mais escuras- malcheirosa e tóxicas). Essa resposta foi determinante para o raciocínio holístico que eu insistia já algum tempo em achar uma solução de como são armazenadas na nuvem universal as memórias do pensamento humano. De repente eu dei um brado silencioso: Uau! Uau….

A memória é a capacidade de armazenar informações de modo que essas possam ser recuperadas quando buscamos recordá-las. Ocorre pela formação de conexões pelos neurônios ou células nervosas no cérebro. Tais conexões são ligadas por pontos chamados sinapses.

Tais informações são encaminhadas para o hipocampo que é responsável pelo armazenamento em longo prazo que utiliza fatores emocionais vinculados a tais informações para que estas possam ser reativadas quando requeridas.