A uma certa distância, ao visualizar o velho banco de madeira onde se sentara há muito tempo atrás, esboçou um sorriso descontraído e continuou andando com o passo acelerado. Ao se aproximar, indaguei: O quê viera fazer aqui? Ao se sentar, percebi tudo e fiquei chocado. Viera passar os seus últimos instantes de vida aqui comigo. Fiquei lisonjeado, mas muito triste.
…Viera com tanto esforço. Estava lúcido como a água cristalina lá do alto das montanhas. Trazia em sua mão direita, junto ao peito, algo que parecia muito valioso. Saiu de casa às escondidas de todos e sem que ninguém percebesse, ficou sentado aqui por vários dias e noites.

…Estava aqui comigo, um anjo dos céus que viera passar uma temporada na terra. Nos seus últimos momentos, amparei-o nos meus braços e encostos duros, com pesar. Não pudera oferecer um conforto melhor a alguém tão especial. Alguém tão incomum. Sua face transparecia serenidade. Não tivera que repassar a sua vida a procura de ações erradas ou tropeços para arrependimentos finais. Não havia tristeza nem angústia. Só paz! Muita paz! Este sim foi um ser humano especial! Valeu a pena, e muito, ter sido a sua criatura.

Exclamei com um alto brado a mim mesmo: “Eis aqui, um espírito lapidado pelo malho e o cinzel da experiência de vida. Aguarda aqui sentado, passiva e pacientemente, o Expresso para a Eternidade”. No seu último momento de vida, sua mão direita que segurava fervorosamente aquele algo valioso, descontraiu-se e se abriu completamente, deixando à mostra, o bilhete de sua passagem para a viagem à Eternidade. “Era a imagem de JESUS impressa clara e artisticamente em uma folha de ébano, guardada com muito carinho em um cartão dourado dobrado”. Era também, o seu Passaporte. “Suspirou fundo e partiu”.

…Vivenciei aqui, algo maravilhoso. Difícil de descrição, pois o nível de emoções ficou fora de escalas, dado a dimensão do evento. Houve uma intervenção direta do Divino numa demonstração clara de que há uma Dimensão Espiritual que cerca os seres humanos e que os atende quando A invocada fervorosamente. …Esta cena estremeceu profundamente este velho banco de madeira. …Fiquei maravilhado e profundamente apaixonado por Este Ser Divino chamado JESUS.
…Por vários dias seguidos, uma luminosidade clara, mesclada com uma luminescência dourada tomou conta da área onde estou postado.

Um perfume finíssimo com uma fragrância agradável de flores desconhecidas irradiou-se em volta desse canto. Algo realmente fora do comum acontecera aqui. Fui a única testemunha deste fato para não dividir com ninguém. À noite, também por várias vezes repetidas, uma coluna de uma luz rósea permaneceu estacionada de forma inclinada sobre o solo forrado de flores roxas. Parecia sair desta coluna de luz, à noite, toda a fragrância que me inebriava durante o dia.

Fragmentos do belíssimo conto de um velho banco de madeira que se apaixona por JESUS. O autor ao realizar este memorável trabalho esteve iluminado em todos os instantes. Abraçou a tarefa de difundir e levar a todos aqueles que necessitam de Luz, o Passaporte deste escrito com uma Divina e Poderosa Citação Espiritual que é um verdadeiro Guia de Luz.

Ao sair de um país para outro, duas coisas são essenciais e indispensáveis: Uma passagem e um passaporte. A passagem que nos garante o meio de locomoção e o passaporte que legaliza o translado. Todos nós vamos morrer um dia e, não vamos precisar nem de passagem nem de passaporte. Porém, um referencial final com uma sublime citação de apelo, um pedido de amparo aos Altos e um abraçamento a DEUS, funciona poderosamente como um real, único e verdadeiro Passaporte. Nele está a chance imperdível de alcançar a Luz e ter uma viagem segura e tranquila. Este é o indispensável Passaporte do conto “Memória de Um Velho Banco de Madeira”.

pi-Nath