Se um dia eu te encontrar
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“Se um dia eu te encontrar,
mesmo que eu não tenha em minhas mãos,
uma flor branca de acácia para te ofertar em tuas mãos,
pegarei em uma das tuas mãos e, teus dedos vou folheá-los, lentamente, um a um, para que haja tempo em nossas mentes, de correr, como correm as águas cristalinas de um regato calmo, os nossos pensamentos de puro amor que guardamos em nossas almas solitárias, nossos corações e corpos ardentes e sedentos.
Começarei pelo teu dedo Mindlin
– Bem me quer. E vou seguindo: Mau me quer.
Depois, bem me quer e, mau me quer.
Vou deixar que tu respondas ao que corresponde ao teu quinto dedo.
Depois vou beijar as tuas mãos e os teus dedos, lentamente, um a um.
Vou acariciar o teu rosto, teu cabelo e todo o teu corpo.
Em cada parte onde eu te tocar, palavras de amor, juntos vamos sussurrar.
Deixarei que teus dedos, um a um, lentamente acariciem o meu rosto.
Sentirás que carrego muito calor e verás que tenho uma voz quente,
doce e amendoada para dizer-te, entre os teus dedos folheados:
Tu és a minha linda flor branca de acácia”.
“Aquela que ficou bravamente lá no alto da copa da árvore de acácia,
a contemplar, na plenitude da madrugada fria
o incessante e eterno brilho silencioso das estrelas”.
Pi-Nath