Memórias de um velho banco de madeira
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Os ioguins de Sikkim
“O coração humano anseia por conforto alcançado somente através de enlevos e lenitivos”.
Este velho banco de madeira está um pouco enfastiado pelo extenso conteúdo de memórias pobres e desprovidas de belezas, quase sempre no mesmo ritmo de sequências anteriores. Não cabe a mim, de forma nenhuma, fazer julgamentos de quem quer que seja, pois esta é uma das características que me foram imputadas as quais aceitei de bom grado. Só posso externar, silenciosamente, o meu agrado ou desagrado, nada mais.
Minutos atrás visualizei à distância um casal que passava por esta trilha. Quebrou-me a monotonia de memórias tristes e pesarosas que estive acumulando já há algum tempo. Pareceu-me que eu seria contemplado com um conteúdo memorial de relevância igual a um daqueles cheios de alegrias os quais relembro com frequência. Quando aqui pararam em frente e se sentaram neste velho banco compreendi de imediato que a pobreza de alma que estava bem fresca iria ter continuidade por mais algum tempo e assim foi. Eram dois profissionais das áreas de comunicações, um palestrante e uma influencer muito conceituados. Eram bem realizados socialmente, mas profundamente infelizes em suas vidas particulares. Tinham tudo o que o meio social poderia lhes proporcionar. Viajavam muito e tinham uma vida glamorosa, porém viviam submersos em um oceano sombreado de impurezas comportamentais. Achavam-se donos de grandezas em culturas e conhecimentos. Puro engano. Encontravam-se bem distantes das verdadeiras belezas e grandezas. Não tinham nada de bom a oferecer ao mundo. Ao perceberem, à distância, a presença de alguém que se aproximava levantaram-se rapidamente do assento do banco e foram embora. Como um velho banco de madeira não tenho forma física humana e nem cabeça, mas me senti como se estivesse com uma terrível dor de cabeça. Ainda bem que foram embora para meu alívio.
Visualizei se aproximando daqui um senhor que parecia já cansado de sua caminhada por esta trilha. Tinha um olhar cheio de sabedoria que tocava fundo na alma. Sentou-se no banco, respirou fundo e eu absorvi todo o seu histórico de vida instantaneamente. Uaaaall! Uaaaall! Uaaaall! Senti um solavanco como se fosse um tremendo terremoto. Aqui estava, despojado nestas travessas de madeira, alguém especial. Muito especial. Um senhor estoico que acabara de fazer uma viagem à Índia com finalidade de estudo e uma pesquisa envolvendo antropocentrismo. Uma surpresa maravilhosa para mim, pois esta é a primeira vez que tenho um encontro com o “exótico” e põe exótico nisto! “INCRÍVEL!” “ESTONTEANTE!” Recomendo um lencinho ao alcance das mãos, pois isto é emocionante e algo maravilhoso. Uma belíssima lição. Começa assim…
Os ioguins de Sikkim.
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Olhem bem esta foto.
Observem bem os detalhes.
Preste bem atenção a esta imagem com estes ascetas indianos.
Olhem os seus trajes: Pouca roupa a cobrir-lhes os corpos.
Olhem como estão despojados de bens materiais. Usam apenas alguns simples amuletos.
Olhem suas barbas espessas, estas apenas se deslancham sem cuidados.
Parece um bando de pobres coitados. No entanto……
Olhem os seus semblantes: Serenos e repletos de paz.
Parece que estão todos olhando a mesma coisa, sentindo a mesma coisa, vivendo a mesma coisa.
O que será que vêm? O que será que sentem? O que será que experimentam?
O que estes homens vêm em beleza e sentem em prazer supera em muito, muito mesmo, o que vemos e o que sentimos.
FANTÁSTICO!
Vocês irão se surpreender com a diferença entre eles e nós do ocidente que vivemos em um mundo de ostentações.
Estes homens talvez não tenham nenhuma formação acadêmica, mas no entanto se encontram em um estágio posicional quântico que os maiores ícones no rol das ciências humanas e quânticas, mesmo com os melhores conhecimentos e as melhores tecnologias, não conseguem atingir.
Caro(a) amigo(a): Há sempre em nossas vidas, momentos em que a gente precisa ver algo diferente, ler algo diferente, experimentar algo diferente. Isto é natural, pois faz parte das necessidades do nosso íntimo e faz muito bem à nossa alma.
Antes de avançarmos neste tema, vamos ver o que há por trás da imagem acima e o que ela nos revela e nos transmite em termos de informes e conhecimentos. Falei em conhecimento? Isto mesmo. - Isto, às vezes é o que geralmente falta aos humanos.
Vamos penetrar na esplendida ciência onde já compreendemos uma parte dela: A ciência Quântica. A Cosmovisão.
Os ioguins da foto parecem que estão em preces e orações. Só parecem! Não estão! Estão permanentemente imersos no campo das vibrações quânticas.
Vamos começar pela parte mais simples desta universal ciência, aquilo que diz respeito a nós: Nossas preces e orações.
O que há por trás das nossas preces e orações? Qual o objetivo delas? Para aqueles que estão um pouco adiantados nesse campo, há sempre pedidos por algo que queremos e não temos. Por algo que precisamos e por aquilo que nos move, sempre, sempre dentro das necessidades e exigências que criamos.
Porque as nossas preces e orações são geralmente em vãos? Nossos pedidos não são atendidos, nossas aflições não são atenuadas, nossos lamentos só aumentam e a nossa resignação não diminui? Isto se deve ao fato de não sabermos lidar com estas lições que pertencem puramente ao campo da cosmovisão.
Nós que temos uma visão longínqua dos ioguins inserimos usualmente em nossas preces e orações anseios por coisas materiais para saciar e dar vazão aos nossos egos e apegos. Pedimos e clamamos por saúde para o corpo e paz espiritual, pois vivemos todos enfermos do corpo e da alma. Pedimos para que não nos falte alimentos e nem paz, pois grande parte das pessoas vivem na escassez destes e na presença de perturbações. Pedimos por proteção e amparo, pois vivemos quase sempre desprotegidos e desamparados. Em nossas preces há abundância de escassez e, faltas claras de sensatez e clareza.
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O QUE SOMOS? Somos matéria que anda sobre o chão que é matéria. Respiramos o ar que é matéria. Ingerimos o alimento que é matéria. Bebemos o líquido que é matéria. Vestimos a roupa que é matéria e daí por diante. Porque tudo isto não desmorona diante dos nossos olhos? Não desmorona porque a matéria é energia condensada e vibra na mesma frequência que o Universo. Há sempre um tempo certo para que se transforme sem perdas.
Nossos anseios dentro das preces e orações não produzem efeitos porque nos momentos em que nos entregamos a elas não estamos, de fato, conectados e vibrando na mesma frequência que o universo. Daí, o universo não nos atender dentro dos princípios da lei da atração. Não há entrelaçamento entre os nossos pensamentos e a cosmovisão. Falta-nos conhecimento da Ciência Quântica, dos efeitos e estados vibracionais quânticos. Temos um infinito poder, mas não sabemos usar este poder em nosso benefício. É preciso que haja uma preparação para que seja ativada esta fonte perene repleta de possibilidades. Nada, nada do que há no universo nasce de imediato. Há sempre uma preparação para que tudo se inicie e se manifeste no cosmo.
Sob a essência das nossas preces e orações há sempre escassez de quase tudo, faltas generalizadas, anseios egoístas, aflições, desesperos e necessidades variadas. O universo não pode nos atender nestes ensejos porque nele não há estas deficiências. A Lei de Atração não funciona para estas coisas. Nunca estamos devidamente preparados para realizarmos as nossas preces e orações.
Vamos ver um exemplo bem simples:
Em um córrego de águas turvas não enxergamos o fundo e, é neste momento, em síntese, que as nossas preces e orações são feitas. Ora, não há transparência na água para vermos o fundo. Da mesma forma, do fundo do córrego não se vê quem está na margem pois não há transparência na água. É assim que nos colocamos para a realização de preces e orações frente ao universo. O universo está no fundo e, é onde está a essência quântica vibracional da energia em ação. Não há conexão entre quem está na margem do córrego orando, fazendo preces e o fundo que é no exemplo, o universo. Daí, as nossas preces e orações se tornarem inúteis. Insistimos, mas se tornam sempre inúteis nestas circunstâncias.
Em nossas vidas, quando estamos prestes a recebermos uma visita importante, tomamos o cuidado de prepararmos a nossa casa fazendo uma limpeza em todos os cantos e a perfumamos por inteiro em todos os cantos. É assim que funciona com o universo. É preciso fazer uma limpeza geral em nossa mente, limpá-la de todas as impurezas e dos pensamentos do dia a dia, principalmente daqueles que nos causam ansiedade e desconfortos. É preciso prepararmos a nossa mente e deixá-la pacificada para uma comunicação vibracional importantíssima. Só assim podemos colher frutos das nossas preces e orações. É a nossa mente e o universo vibrando na mesma frequência. Somos viventes em um mundo onde o materialismo faz parte da nossa cultura e vida. Temos necessidades, só não sabemos como provê-las.
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