Um olhar sobre nós mesmos.
“O coração humano anseia por conforto alcançado somente através de enlevos e lenitivos”.
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Os nossos instintos são muito antigos. Denotam aos tempos em que os nossos ancestrais viviam em cavernas. Eram limitados e se resumiam ao básico para a sobrevivência, como a busca de alimentos, abrigo e procriação. O tempo passou e aquelas demandas primitivas acabaram se sofisticando nos tempos atuais. Na travessia daquela época até os dias de hoje, muita coisa mudou. Priorizamos, instintivamente, as nossas necessidades básicas que são as mesmas de tempos remotos: Quando sentimos fome, buscamos nos alimentar. Não queremos ficar ao relento, para isso buscamos o abrigo. Quanto à procriação, isto está no nosso DNA e, então, buscamos o sexo. Estas são as mesmas demandas da época em que iniciamos a nossa jornada como criaturas humanas. No início, a alimentação era a base de frutas, raízes, folhagens, peixes e de animais encontrados mortos ou abatidos. Hoje, há uma variedade enorme de alimentos mastigáveis e líquidos a satisfazerem a nossa ânsia. Criamos até ambientes apropriados com cardápios variados para este cerimonial antigo. Não vivemos mais em cavernas, mas em casas e homes as mais variadas possíveis. Quanto maior é a riqueza, maior é a sofisticação nestes abrigos modernos. Quanto ao sexo, bem muita coisa mudou. Instituímos regras e as quebramos conforme modas criamos. Aqui, muitos não evoluíram e continuam como as criaturas das cavernas.
Fizemos descobertas interessantes como, por exemplo, o espelho e, ai deu-se início a uma verdadeira revolução: Descobrimos o nosso corpo. Inventamos a beleza, a estética e, passamos a cultuar a vaidade.
Queremos todos, ficar belos (as). Para isso, cuidamos do cabelo, dos pelos, dos dentes, das sobrancelhas, dos cílios, das axilas, das rugas, estrias, varizes, da barba, do bigode etc. etc. Somamos a tudo isto, a higiene com cremes, hidratantes, desodorantes, perfumes e outros. Sonhamos em ter a performance física dos deuses e deusas gregos e, partimos em busca desta realização. Estas duas necessidades mudaram completamente o perfil físico dos seres humanos. Passamos horas e horas nos salões de beleza e barbearias, nas academias e nos centros e locais de atividades físicas. O espelho se tornou um aliado indispensável de todo o mundo. Ninguém deixa de conferir o seu visual diante deste objeto tão útil e revelador. Sentimo-nos gloriosos, potentes, esbeltos e sex. Valorizamos excessivamente o nosso ego externo e nos tornamos escravos dele. Buscamos nos acomodar, por uma necessidade sociológica, a grupos variados para a formação de culturas. Aí, criou-se um mosaico de variedades onde se inserem dietas, costumes e tabus. Evoluímos muito, sem dúvida, desde os tempos remotos, mas não somos felizes. Quando há um desarranjo no nosso corpo biológico, tomamos um remédio, buscamos o médico. Passamos a vida inteira trabalhando o nosso ego físico e pouquíssimas vezes olhamos para o nosso interior. Possuímos, todos, algo muito frágil: Nosso corpo! E a nossa mente????. Procuramos fortalecer, dar brilho e glamour ao nosso corpo e nos esquecemos de cuidar da nossa mente. Somos todos fragilizados neste item. Basta vermos como são os nossos pensamentos e como eles nos dominam e nos fragilizam no dia a dia. A nossa mente não para e, trabalha descontroladamente o tempo todo. Nossos hábitos sufocam a nossa mente sem termos nenhuma noção do que fazemos. Quando algo muito sério nos acontece, desmoronamos facilmente e nos tornamos refém dela. Não damos um descanso a nossa mente e isto é muito mal. Não temos a noção do tesouro que possuímos emoldurado entre escombros, tralhas e apetrechos inúteis que nos sufocam.
Bem vindos à Pi-Nath Community. Vamos ver juntos, a maravilha que temos quando por alguns instantes nos isolamos do mundo e damos uma trégua merecida a nossa mente. Bem vindos!
Uma joia, quando a temos em nossas mãos, apenas o nosso olhar para ela é dirigido. Um escrito dessa natureza quando acompanhado de uma linda música torna-se mais valioso que uma joia, porquanto não é só o nosso olhar que acompanha o escrito. Para este, é dirigido todo o nosso ser, o nosso coração, a nossa mente de repente se torna suave, aquietada, dos nossos olhos costumam sair lágrimas de bela emoção que banham toda a nossa alma, da nossa boca sai um sorriso, um uau! Uau! Uau! Uma expressão desabrocha…. Que lindo! Que lindo! Que lindo! A vida vale a pena!
Pi-Nath