Uma valiosa lição.
“O coração humano anseia por conforto alcançado somente através de enlevos e lenitivos”.
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Dentre todos aqueles que passaram aqui por esta trilha de caminhada, dois me chamaram muito a atenção. Dois extremos bem formatados no contexto da espécie humana que definem roteiros copiados, um com suavidade e compassividade e o outro com intensidade e agressividade. Neste último há aqueles que se postulam na elevação, cujo pedestal se acha revestido de ouro, prata e pedras preciosas. Nestes, pensamentos em resiliência e compassividade não fazem parte da cartilha de ascensão. Pois se assim o for, não há lugar para compartilhamento e estão fora. Há entretanto, o outro grupo que age com suavidade, empatia e serenidade, sendo que é para este que os Olhos do Divino estão voltados, pois é neste que há grandeza e ascensão. Estes extremos se estamparam assim:
Num certo dia, um grupo de vários homens bem vestidos de preto davam guarida e proteção a dois outros mais despojados que por aqui passaram em uma caminhada. Os dois referidos aqui se sentaram enquanto os outros de preto permaneceram de guarda em cada lado deste velho banco lhes dando proteção. Um quadro vergonhoso, pois portavam, ambos, a cartilha de ascensão de forma bem escancarada. Velejavam pelos oceanos da escuridão. Aqui, a elevação era pura materialidade.
Senti um calafrio de arrepiar, daqueles que vão desde os pés até a cabeça dos humanos. Um mal-estar que perdurou até o momento em que foram embora. Levei um certo tempo para me recompor disto que defino como um pesadelo.
Um outro dia, tive o privilégio de ver sentado neste velho banco um senhor solitário cuja companhia era de apenas uma simples mochila que continha um conteúdo escrito e uma garrafinha d’ água. Era o outro extremo de onde pude ver que a sua proteção era formada por criaturas angelicais invisíveis aos olhos humanos, todas vestidas de roupagens brancas. Pude me inteirar, de imediato, de que se tratava de um escritor anônimo com um material motivacional escrito de uma forma tocante, ardentemente confortante e ternurenta. Ali estava alguém que representa a nata do que há de melhor no seio da humanidade. O que estava escrito começa assim:
Uma valiosa lição.
Uma família pobre do Nordeste se reuniu em volta de uma velha mesa de madeira para retirar as impurezas de uma pequena porção de feijões para o preparo da única refeição daquele dia. Era o único alimento de que dispunham para atenuar a fome de todos da casa. Numerosa era a família, composta de crianças pequenas, adultos e um casal de idosos. Viviam ali, esquecidos como exilados, atirados a um mundo estéril com pouca água e chuvas escassas sem chance de mudanças e nenhuma alternativa de fuga. Encontravam-se entrincheirados em um grotão esturricado e seco no árido Sertão Nordestino. O quadro era de uma degradante situação de extrema pobreza. Retirar os torrões de terra, as pedrinhas e todas as demais impurezas daquela ínfima porção de sementes era uma tarefa angustiada, porém conformada. Aqueles infelizes seres humanos, compassivos e silenciosos, tinham todos à atenção voltada para aquela função amarga que ocupava todos os seus pensamentos.
Terminada aquela agoniada e ansiada tarefa, o bocado de sementes com a quase totalidade das impurezas foi posto em uma vasilha com um pouco de água barrenta para ser lavado. Pouquíssimos foram os grãos que se depositaram no fundo da bacia atestando boa qualidade. A maior parte deles, entretanto, ficara boiando, todos compostos de sementes chochas e carunchos, impróprios para o consumo. A escassez era tanta que não poderia haver desperdício e, também não havia lugar para qualquer nível de higiene e escolhas. Aquela magra porção da mistura foi levada ao fogo sob o olhar atento e apressado de todos. A fervura foi das mais curtas e, logo depois ingerida apressadamente em minguadas abocanhadas com as próprias mãos.
São numerosas as lições plangentes e valiosas extraídas deste episódio real da vida humana. Porém, uma dessas lições sem nenhum esforço transcende todas as demais. Esta lição retrata a indiferença e o egoísmo próprio dos que se pautam na fartura onde, de certa forma, próximos ou distantes, são responsáveis por dramas como este em toda parte do mundo.
Belíssimo preceito tirado através de um coração compassivo e um olhar perceptível e espirituoso de um bom observador.
Para uma pessoa comum, o que se vê aqui é apenas um detalhe da aspereza da sobrevivência humana. Para alguém mais criterioso do ponto de vista espiritual e holístico aqui vemos o panorama da insensatez da conduta humana. A vasilha com as sementes não representa apenas o estágio de um produto cru para um outro cozido nem tampouco a dificuldade de sobrevivência para muitos. Representa a vida humana com todos os seus ingredientes falhos. Uma mistura indigesta de sementes boas e muitas outras ruins. É o universo humano, esse caldo conturbado feito de grãos saudáveis que representam as pessoas do bem, misturado com muitas outras sementes chochas e carunchos que representam as pessoas que tanto mal têm feito ao mundo. Estas últimas formam uma legião enorme de indiferenças e egoísmo. Fazemos todos, parte do conteúdo desta mistura na vasilha que é a vida.
Os grãos saudáveis foram poucos em meio aos numerosos indegustáveis. Assim é a vida humana. Temos entre nós pessoas maravilhosas de índoles boas e íntegras e, sobretudo sensíveis ao sofrimento humano, capazes de grandes ações. Muitas outras más, de índoles más sem ética e moralmente insensíveis e egoístas. Temos uma missão na vida que transcende a nossa compreensão e o nosso aceite. Não conhecemos esta missão, mas somos responsáveis por ela.
Caro(a) amigo(a) seja verdadeiramente um grão saudável e sensível com disposição para a grandeza em ações de confraternidade. Ao fazer esta escolha, um dia você vai descobrir que tomou a decisão acertada e se regozijará. Compartilhe da dor humana. Há muitas maneiras de fazê-lo. Nunca dê as costas a uma ação focada no Bem qualquer que seja ela. Dê a sua parcela procurando aliviar o sofrimento de tantos dos nossos irmãos nesta breve jornada humana. Não seja, jamais como um grão chocho ou um caruncho, sementes do universo das criaturas minúsculas. Seja grande. Aja com altivez. Algo verdadeiramente grandioso e belo estará lhe aguardando, um dia. “Tudo aquilo que fizerdes para o próximo voltará para você da mesma forma multiplicado “.
Pi-Nath
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